quinta-feira, 10 de junho de 2010

Eu quero aquele.

Li, certa vez, a história de um fazendeiro que queria vender alguns cachorrinhos. Ele confeccionou uma placa, oferecendo os animais, e pregou-a em um poste ao lado de seu jardim. Enquanto pregava a placa no poste, alguém puxou seu casaco. Ele olhou para baixo e viu um garotinho segurando alguma coisa e mostrando um largo sorriso no rosto.
-Senhor - ele disse -, quero comprar um desses cachorrinhos.
-Bem - disse o fazendeiro -, esses cachorrinhos são de uma raça especial e custam muito caro.
O menino abaixou a cabeça por alguns instantes. Em seguida olhou para o fazendeiro e disse:
-Tenho 39 centavos. Com esse dinheiro, posso dar uma olhada?
-Claro - respondeu o fazendeiro. Ele assobiou e chamou:
-Dolly. Aqui Dolly.
Dolly saiu de sua casinha e desceu a rampa, seguida por quatro bolinhas felpudas. Os olhos do menino brilharam de alegria.
Em seguida, saiu mais uma bolinha felpuda da casinha, visivelmente bem menor que as outras. O cachorrinho desceu a rampa e correu, mancando, o mais rápido que podia, tentando alcançar os outros. Era, sem dúvida alguma, o menor da ninhada.
O garotinho encostou o rosto na cerca e gritou, apontando para o menor:
-Eu quero aquele!
O fazendeiro abaixou-se e disse:
-Filho, você não deve querer aquele cachorrinho. Ele nunca será capaz de correr e brincar como você gostaria.
Ao ouvir isso, o garotinho curvou-se e levantou uma perna da calça, deixando à mostra um suporte de aço que passava pelos dois lados de sua perna e se prendia a um sapato especial. Olhando para o fazendeiro, ele disse:
-Veja, senhor, eu também não corro muito bem, e ele vai necessitar de um amigo como eu.


(Charles Stanley)

Nenhum comentário:

Postar um comentário