Será realidade? Acho que sim.

Dias bons que de vez em quando exprimem a bela alegria como uma dádiva em meu peito. Que parecem borbulhar como uma água fervente passando sobre todas as veias do meu corpo até chegar ao coração. A partir daí essa alegria transborda sobre os quatro ventos como uma cachoeira, que ao escorrer, parece que estou vivendo em um paraíso de sonhos onde todos são extremamente felizes como fadas.
- Mas como tudo está tão bom!
Eu suplico que não quero sair desse tal "paraíso", mas daí vem uma ventania, uma forte ventania que vem seguida de uma forte tempestade, e tenta derrubar de dentro de mim meus belos sonhos planejados por mim mesma. Eu luto contra essa tempestade, me esforço e pingo dentro do meu coração e da minha mente uma porção de determinismo, otimismo... No fim é eu contra eu mesma. E o mais eficaz de tudo é que depois de uma longa e perturbante tempestade, a concha da calmaria e da alegria se abre novamente para mim.

(Caroline Monteiro)